“Não se gerencia o que não se mede, não se mede o que não se define, não se define o que não se entende, e não há sucesso no que não se gerencia” (William Edwards Deming, 1900 – 1993)
Esta famosa frase do Deming, publicada na década de 50, ainda pode ser considerada super atual. Você realmente conhece a situação atual de sua empresa e seu sistema de gestão? Trazendo esse questionamento para o mundo do gerenciamento de projetos: você sabe a capacidade de sua organização gerar resultados através de projetos? Ter uma cultura organizacional de gestão implementada em, de fato contribui para a potencialização dos resultados dos projetos e da empresa como um todo. Mas como construir essa cultura? O primeiro passo é realizar um diagnóstico organizacional. E no que tange à capacidade de gerar resultados através de projetos, realizar um diagnóstico de maturidade organizacional em gerenciamento de projetos. Nos acompanhe na leitura deste texto e entenda como os diagnósticos de maturidade têm papel crucial perante ao sucesso de uma organização.
![Equipe de negócios moderna multirracial, desenvolvendo a estratégia da empresa no escritório Foto Premium](https://image.freepik.com/fotos-gratis/equipe-de-negocios-moderna-multirracial-desenvolvendo-a-estrategia-da-empresa-no-escritorio_52137-6803.jpg)
Hoje em dia algumas organizações realizam uma grande quantidade de projetos, seja para aumento da capacidade produtiva, redução de custos, desenvolvimento de novos produtos e serviços, atendimento às normas regulamentadoras ou até para implementação de novas tecnologias. Estes projetos, entretanto, não devem ser realizados ao acaso, mas como um desdobramento das necessidades e estratégias do negócio. Desta forma, a empresa obterá melhores resultados, melhor rendimento e aumento da vantagem competitiva sobre seus concorrentes. A maturidade organizacional em gerenciamento de projetos representa a capacidade de uma empresa gerenciar seus projetos com efetividade. No mercado são disponibilizadas algumas ferramentas que possibilitam este diagnóstico da maturidade de maneira efetiva. Os diagnósticos englobam o entendimento e a determinação do nível de maturidade da organização em relação ao gerenciamento de seus projetos, programas e portfólios, além de processos e métodos utilizados. Dentre os diagnósticos disponíveis no mercado atualmente, escolhemos alguns para listarmos e te instruirmos sobre esse tema que é tão importante em meio ao ambiente organizacional:
CMM
O modelo CMM, Capability Maturity Model, foi desenvolvido pelo Software Engineering Institute da Universidade Carnegie Mellon (CMU), em Pittsburgh, EUA, por um grupo de especialistas em software. A primeira versão do Modelo foi lançada em meados de 1991.
Ele surgiu por conta da necessidade de contemplar uma demanda vinda do governo norte-americano de desenvolvimento de uma metodologia para avaliar a capacitação de seus fornecedores de software.
Componente imprescindível: Análise da estrutura empresarial por meio dos processos organizacionais a fim de buscar potencialidades para serem analisadas e desenvolvidas.
Base: Divide-se em 5 etapas: Inicial, Repetível, Definido, Gerenciado, Otimizado.
O que difere: Procura desenvolver potencialidades em 4 grupos: gestão de processos, gestão de projetos, gestão de engenharia e gestão de suporte.
Restrições: Enfoque em desenvolvimento de software, tendo pouca consideração com a diversidade das organizações e empresa de porte menor.
OPM3
O OPM3 é um padrão mundialmente reconhecido de melhores práticas para avaliar e desenvolver capacidades organizacionais na Gestão de Projetos, Programas e Portfólios. A ferramenta representa um guia para se atingir a maturidade organizacional em projetos. OPM3® é a sigla para “Organizational Project Management Maturity Model ”, um produto desenvolvido pelo PMI® que fora lançado no mercado no final de 2003.
Componente imprescindível: Coletivo de conhecimentos agregados provenientes das boas práticas vindas do sucesso em organizações.
Base: É formado por 3 elementos principais: Conhecimento, Avaliação e Melhoria.
O que difere: Alinhamento estratégico entre a estrutura organizacional e a realidade atual.
Restrições: A falta de estrutura em níveis dificulta medir hierarquicamente a maturidade.
MMGP
MMGP significa Modelo de Maturidade em Gestão Projetos, desenvolvido pelo Darci Prado e Russell D. Archibald , que tem o intuito de ajudar as equipes de gerenciamento de projetos a avaliar a maturidade das organizações que utilizam os seus serviços e propor um plano de crescimento.
Componente imprescindível: É formado por um questionário de diretrizes para efetuar o diagnóstico e consequentemente estruturar um plano de evolução.
Base: Divise-se em 5 etapas: Inicial, Conhecido, Padronizado, Gerenciado, Otimizado.
O que difere: É um modelo departamental, ou seja, pode ser aplicado a um departamento ou setor isolado de uma organização.
Restrições: Modelo que enfatiza análise setorial, perdendo assim seu controle de análise corporativa.
CBP
Na década de 90, foram surgiram diversos modelos para avaliar a maturidade das organizações em Gerenciamento de Projetos. E quase todos foram inspirados no modelo de maturidade em desenvolvimento de software (SW-CMM), e um dos que se destaca é o CBP, que significa CBP: Center For Business Practices.
Componente imprescindível: Diagnóstico de maturidade feito a partir da avaliação dos processos e padrões em cada área de conhecimento para se avaliar a maturidade global.
Base: Divide-se em 5 etapas: Linguagem Comum, Processos Comuns, Metodologia Exclusiva, Análise Comparativa e Melhoria Contínua.
O que difere: Diagnóstico segmentado por 9 áreas de conhecimento: Integração, Escopo, Cronograma, Custos, Qualidade, Recursos Humanos, Riscos, Aquisições e Comunicação.
Restrições: Dificuldade de se integrar com as análises em cada área mediante a realização de um planejamento estratégico global holístico.
KPMMM
A metodologia KPMMM® foi proposta por Kerzner em 1999, ajustada em 2001 e em 2005 com publicação de livros específicos para divulgá-la. Este modelo propõe cinco níveis de diagnóstico de maturidade só que com alguns conceitos similares. De acordo com Carvalho e Rabechini (2008), a abordagem KPMMM® de Kerzner (2005) foi originalmente desenvolvida em 2000 e 2001, a partir dos esforços de Kerzner para adaptar o modelo CMM® para a gestão de projetos.
Componente imprescindível: Utiliza o benchmarking para mensuração baseado em comunicação, visibilidade, consistência e controle.
Base: Divide-se em 5 etapas: Linguagem Comum, Processos Comuns, Metodologia Única. Análise Comparativa e Melhoria Contínua.
O que difere: Ciclo constante de feedback entre os níveis a fim de atingir a excelência.
Restrições: Pouca ênfase nas equipes de projetos.
![Empresários, apertando as mãos após a reunião em um café Foto Premium](https://image.freepik.com/fotos-gratis/empresarios-apertando-as-maos-apos-a-reuniao-em-um-cafe_8087-3398.jpg)
A cada dia que passa o gerenciamento de projetos vêm ganhando notoriedade pelas organizações por conta de sua eficiência, porém não somente no âmbito da realização de projetos isolados e sim como parte de um dos objetivos das empresas como um todo. Ademais, verifica-se que o modo como os modelos de maturidade são utilizados têm suma importância para que as organizações consigam otimizar o processo evolutivo em sua maturidade e consequentemente otimizar também o seu nível de sucesso em projetos. Quando o assunto tratado é sobre os modelos de maturidade, as comparações feitas acima mostraram que as estruturas dos cinco níveis se apresentam bem consolidadas e utilizadas por grande parte dos modelos mostrados, com suas respectivas características individuais. Sendo assim, conclui-se que mesmo havendo equivalência entre os modelos de maturidade, cada um possui suas individualidades e devem ser utilizados de acordo com o contexto de cada empresa e seus respectivos objetivos estratégicos. Nós, da Sigma Gerenciamento de Projetos fazemos uso das ferramentas listadas acima e garantimos que nossa consultoria será aplicada da melhor forma possível a fim de potencializar os resultados de sua empresa.
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